Após um período sem escrever, justifico que a alergia, seguida de crises
asmáticas, me deixou um pouco distante de “tecer” as palavras, pois a falta de
saúde não me permitiu fazê-lo. Embora as crises foram desencadeadas no final de
maio e início de junho, somente em meados do mês julho consegui estar bem
melhor e apenas agora consegui trazer esta nova publicação.
Reclamações à parte, questões relacionadas a saúde estão muito em evidência
devido as mudanças em nosso clima: ora chove demais, tem dengue e outros
problemas relacionados; ora chove de menos, como é o momento atual em nossa
região, pois estamos com baixa umidade do ar e as chuvas estão mais escassas
este ano. Há algo muito errado com o nosso clima!
Enfim, os eventos climáticos têm trazido grandes impactos: chuvas
apocalípticas no Rio Grande do Sul, secas extremas no Pantanal e na Amazônia,
inundações recordes em países da Ásia e da Europa, ondas de calor mortíferas
nos quatro cantos do mundo. Algo urgente precisa ser feito imediatamente!
Nem todo mundo entende, porém, que por trás desse fenômeno alarmante
está a mão do homem. Várias décadas de estudos e medições demonstram, sem
dúvida, que a causa do aquecimento global são os gases do efeito estufa
emitidos por seres humanos, a maior parte deles provenientes da queima de
petróleo e seus derivados.
Por aqui, porém, as principais fontes de poluição não provêm totalmente,
como nas outras grandes economias do mundo, de atividades industriais e da
queima de combustíveis fósseis, mas do desmatamento. É comprovado que a
floresta derrubada libera na atmosfera todo o carbono armazenado na madeira,
nas folhas e nas raízes, quando é queimada ou apodrece sobre o solo.
Na atividade pecuária, tão importante para o agronegócio, é preciso ter
um olhar atento, pois, sem o manejo adequado, pode haver um relevante indutor
do desmatamento, principalmente na Amazônia. Destaque para a digestão dos
ruminantes e o metano que pode ser um dos gases que mais potencializam o efeito
estufa.
Nesta problemática temos que a circunstância apresentada confere ao
Brasil uma vantagem comparativa no necessário e inadiável esforço mundial de
redução das emissões, pois basta acabar com o desmatamento e conferir as ações positivas
de zerá-las.
Conscientizações à parte, o mais importante é que cada um faça seu papel
de cidadão do “mundo” praticando atitudes sustentáveis. Mas este é um assunto
para a nossa próxima publicação. Espero
poder continuar contando com a sua leitura, seu apoio e seus comentários.
Gratidão! Até a próxima!
Maria Cristina de Oliveira