quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Um conto de Natal

 A proximidade do Natal me fez lembrar de um conto que publiquei há alguns anos em um jornal do Distrito do Ouro Verde. Compartilho com vocês uma síntese dele.

“Era véspera de Natal, e o ano havia sido duro. À mesa simples, eu e meus pais — meus heróis — partilhávamos uma ceia modesta que, para mim, era a melhor do mundo. Ali havia mais que comida: havia afeto.

Como fazia todos os anos, coloquei meu sapatinho na janela e pedi ao Papai Noel uma boneca grande, tão grande quanto os meus sonhos. Pedi também perdão pelas travessuras e prometi ser melhor.

Acordei cedo, guiada pela ansiedade infantil. Em silêncio, fui até a janela. O sapato estava vazio. Olhei ao redor, procurei no chão, no alto, e nada encontrei. As lágrimas vieram, silenciosas. Será que eu não tinha sido boa o bastante?

Voltei para a cama com o coração apertado e ali adormeci. Ao despertar, vi meus pais ao meu lado. Antes que eu dissesse qualquer coisa, o choro me tomou novamente.

Então ouvi palavras que aqueceram minha alma:
— Este ano o presente precisava ser entregue em mãos.

Recebi a boneca mais linda que já vi e, junto com ela, uma verdade que só o amor revela: o Papai Noel sempre teve o rosto dos meus pais.

Naquele Natal, perdi uma lenda, mas ganhei algo maior — a certeza de ser muito amada.”

Que neste Natal possamos reconhecer os verdadeiros presentes: o amor, o cuidado, a presença e os gestos silenciosos que aquecem o coração. Que nunca falte tempo para abraços, nem ternura para oferecer.

Feliz Natal. 🎄✨

Maria Cristina de Oliveira

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